Sinopse
Nos últimos anos, milhares de pessoas voltaram as costas à Igreja. Mesmo cristões empenhados
se afastaram da igreja por causa da imobilidade do "aparelho". A tentativa de adaptação à modernidade
não consegue convencer muitas pessoas. Estará a Igreja fracassando em sua missão, na presente
crise de orientação? O divórcio, a ordenação das mulheres, a abolição do celibato, as exigências
populares manifestadas nas "petições" católicas são praticados há muito nas igrejas protestantes, sem que por
isso estas estejam imunes a ameaças a sua existência. Que fazer? Num diálogo crítico com o jornalista Peter Seewald,
o então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, sem receio de temas tabu, é confrontado pela ideia de que
muitos pontos de vista, hoje ainda tidos como essencias, não podem mais ser aproveitados,
incluindo-se o próprio conceito da Igreja de massas. Suas teses são surpreendentemente pouco convencionais para quem
está, por assim dizer, na sucessão do "Grande Inquisidor". Segundo o então, cardeal enérgico e
controverso, as grandes igrejas de massas ameaçam ficar sufocadas pelo peso do poder institucional.
O livro é um desafio não só para quem ocupa cargos na Igreja e para cristãos com uma vivência
rotineira da fé, mas também para todos os que vivem somente de acordo com o espírito do tempo.
O papa Bento XVI nasceu em 1927, em Marktl am Inn, na Baviera. Foi professor de Teologia
Católica em Freising, Bonn, Munster e Tubingen. Um dos Teólogos mais destacados do Concílio
Vaticano II a partir de 1962, em 1977 foi nomeado sucessor do cardeal Dopfner como Arcebispo
de Munique e de Freising. Em 1981, foi nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé,
a instância central para a interpretação e a defesa da doutrina da Igreja Em 2005, tornou-se Papa.
São de suas responsabilidades as disputas de Roma com a teologia da libertação no terceiro
mundo e com críticos internos da Igreja, como Hans Kung e Eugen Drewermann, bem como o Novo Catecismo
da Igreja Católica.
Peter Seewald nasceu em Passau, foi redator das revistas Spiegel e Stern e do jornal Suddeutsche
Zeitung